Sangrava estrelas cadentes e fugia deixando um rastro luminoso
De sangue e poesia...
Notas musicais absurdas se fundiam aos meus versos
Esvaíam liquefeitos
Dessas atmosferas insanas
Nunca mais serei engolido por obscuridades...
Luto contra o que é treva, e mesmo ferido, continuo a brilhar
Incandescente.
Esse é meu dom – o de sustentar aquilo que não se apaga
O que insiste, mesmo em flagelo
A permanecer brilhante aceso e ardente.
Eu alimento as noites insones
Não me curvo perante as sombras
Sangrando estrelas, ilumino a caminho até que o sol se estabeleça majestoso.
Entre os braços do sol, me aqueço inocente contra as manhãs frias.
E sei que o escuro voltará
Sei que sangrarei
Cairei
Rastejarei
E cada palavra
Arderá feito brasa
Nos meus olhos soturnos
A lua me colocará em queda
Mas eu me levantarei
Sempre.