Sou inquieta e desesperançada, mas, apenas, por dias. Cada vez menos. Antes os dias de inquietude eram muitos, cada vez mais estão diminuindo, pois entendi que o amor que tenho está certo, que amo bem, que me conheço bem, que conheço o outro. Tenho excesso de amor, isto era dolorido, ficava sempre insatisfeita. Hoje eu vivo serena, pelos menos, mais dias que vivo inquieta. Pois sei quem quero, o que quero. Mas, não posso mais ir à busca. Então conto com o inesperado
Antes eu pensava que só eram felizes os bobos, os burros, pois estes não enxergavam isto me consolava, eu era incompetente para ser feliz.
Hoje eu tenho bom senso, mas não o bom senso de não ousar, de não enxergar as cores do mundo, não o bom senso daqueles que não só buscam coisas erradas em lugares errados, depois reclamam do mundo.
Vejo pessoas adiando sempre, com desculpas esfarrapadas, pessoas piegas que choram por amor, mas só querem amar o belo. Não convivem com o feio, com o marginal, com o diferente.
Homens envelhecendo e, mesmo levando rasteiras da vida, não aprenderam a amar, porque não querem uma mulher cheia de alma, ”andam atrás de belezas puras e carne dura.”.
Não lembram que tantas coisas podem ser feitas com uma mulher completa, verdadeira, saudável. Ler juntos, andar de mãos dadas, criarem situações para estarem juntos, rir junto.
Bom sexo é importante, mas RIR juntos, ter assunto, usar nossos sentidos de maneira não distorcida, faz toda diferença. Tocar o rosto, beijar uma boca com desejo contido há muito tempo, vale mais que uma loteria. Mas, quando isto acontece naturalmente é bem melhor. Não sei se sou feliz, mas sei que não mascaro mais minha vida, nem para mim, nem para os outros. Também não me queixo da vida que tenho, pois ela poderia ser melhor, mas eu escolhi ficar aqui. Então não posso colocar no mundo, nos outros, os prazeres que não tive.
Não quero uma felicidade inventada.
Não quero amigos superficiais, cheios de EGOS.
Não quero um homem que veja minha imagem distorcida.
Não quero quem não tenha coragem de me resgatar de mim mesma, quando tem ciência.
Que poderia fazer isto.
Não quero homem me enrolando.
Hoje quero quem mergulha nas águas mais revoltas, nos corpos com marcas do tempo.
Com amor e coragem, tesão.
Cansei daquele rosto pintado de felicidade, daqueles que não são o número um na vida de ninguém, mas amam muito, como mentem para si mesmo e para o mundo, pobres criaturas.
Texto de Cris Poulain.
“Personalidades fracas e vazias é a inconseqüência travestida de coragem, a displicência travestida de tranqüilidade, o excesso travestido de produtividade, a estupidez travestida de inteligência, a afetação travestida de sensibilidade, a sensualidade travestida de promiscuidade.”
Trecho de Eduardo Lamas.
Li este fragmento já faz um bom tempo e salvei, acho que ele fecha com tudo que estou sentindo, uma felicidade não completa, mas também não inventada.
HOJE eu tenho uma infelicidade que não culpa ou outros, mas lamenta por eles.
Hoje sei que nunca fui afetada, mas aturei alguns, hoje sei que sinto angústia, mas faço aquilo que posso, e,quando não faço nada,não me lamento, ou me lamento de estar congelada, coisa que me acontece seguidamente com perdas, com desilusões, mas isto é a vida e se quisermos vivê-la, temos que pegar todo o pacote.
Pega o teu pacote Cris Poulain,ele inclui muita coisa boa,mesmo estando longe um estado de amor que sonhas,mas sonhar sozinho é muito ruim.
Então Cris poulain vai ao analista,ao melhor amigo,ao curandeiro,mas entende aquilo que está acontecendo,aquilo que poderá ou não acontecer contigo,com ele.Chegou o momento de parares de lutar,deixar esta luta para o idiota que ama mal,mas não te arrependes,NUNCA.
Valeu a pena.
JUÍZO,come o quê?
Cris Poulain.
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