O estado de eterna felicidade,seria uma coisa que gostaríamos?

Existem pessoas que tem a própria vida como uma inteira lástima. Este ser traz consigo a alma machucada. Não precisam fatos, como morte, separação, problemas financeiros ou outras coisas acontecerem para desencadear profunda DOR.
Por que resistimos à solidariedade, ao riso, ao social.
Por que percebemos quando a felicidade está nos rondando
Existem algumas pessoas que simplesmente aparentam ter tudo, vivem a gargalhar, mas nos passam melancolia, e uma profunda tristeza.
São aqueles que não têm na vida uma única queixa, a não o e fugimos dela, com medo que ela se instale em nós para sempre.
Agora, o ódio não. Ele parece um sentimento mais comum nos dias de hoje.
Temos uma tendência inata para inveja, quando poderíamos ser solidários e gentis.
A GENTILEZA pode fazer milagres.
Tão fácil seria se remássemos para o mesmo lado.
Assim alguns naufrágios seriam evitados.
Mas se todos fossem inteiramente realizados, onde ficaria o gozo da dor, o sentimento de aprender com o erro.
Jorramos lágrimas, temos fracassos.
E se não passássemos por tristezas, amores intensos e não correspondidos.
Que seria de nós sem o sofrimento dos iluminados, que ora desistem, ora acreditam.
Que seria de nós sem aqueles que sofrem por enxergar o apodrecimento das coisas
E, além de enxergar buscam resgatar, atacando a apatia, que nos faz insano.
Onde estariam os loucos que mudaram coisas. Os loucos para a sociedade vigente.
Onde ficaria palavra como confusão, andar por caminhos contrários. O VIVER deve ser aproveitado como um caminho de experiências e erros que faz a verdadeira felicidade. A deliciosa caminhada de ter prazer na dor e no amor.
Onde cabem palavras fascinantes como devaneios, imagens desconexas.
Confusões de alma, medos de amar.
O profano e o sagrado em constante briga.
Sensações desconhecidas que nos fazem mexer nosso lixo.
Há sabedoria no lixo. Na metamorfose, na falta de certezas.
Na dança da fragilidade, na busca para aguentar. No movimento que nos faz vivos.
Ela deve ser aproveitada ao máximo, valorizar cada lágrima derramada.
Façamos das nossas mancadas, das nossas topadas, das nossas dores intensas, das traições, dos maus amigos, maus amores, um experimentar. Não adianta viver sem degustar, sem provar. Não saberemos se é bom. Não adianta nos debatermos contra esta OBRA DE ARTE QUE É VIVER. Viver bem, viver mal, mas caminhar SEMPRE para o lado que nos conduzirá irremediavelmente para sermos melhores, se quiser.
O prazer e a dor andam juntos. Existe fascínio em ambos.Não adianta desistirmos, sermos irracionais, pois mais cedo ou mais tarde, tudo nos conduzirá ao caminho de nos fazermos melhores.
UMA PRETENSA CERTEZA:
Que a caminhada é a única e intensa felicidade.
Seria horrível não ter a sensação do desconhecido, do mistério.
Seria horrível, se a busca se fizesse ausente.
“Estaremos condenados a sermos felizes para sempre”.
Mais cedo ou mais tarde cedemos aos fortes de alma.
Aqueles iluminados que nos ajudam nesta caminhada deliciosa, que têm sabores e dissabores,mas tem alma.Tem gente.Tem prazer.Tem gozo.Tem amor.
Tem que não acredite que a vida só é bem vivida quando há LUTA. Enquanto tiver um ser humano que não se corrompa, que acredite que não permita “namoro” coma amargura, o mundo está salvo.

 “Estaremos condenados a sermos felizes para sempre”.

TEXTO De Cris Poulain