Espanto quando esperam de nós algum comportamento,mas agimos diferente porque mudamos,naquele dia algo mudou,ou mudou para sempre.tudo isto,para mim,faz parte do processo de autoconhecimento.Mudança,mas isto não quer dizer que não possamos nos definir,ou ao nos definirmos jamais poderemos entrar em contradição Vemos muito no Orkut definir-se é limitar-se. Não concordo totalmente com isto, acho fácil e simplista demais. Tenho gostos, prazeres, desgostos, mágoas, vontades, tudo isto sou eu.Hoje eu sou tanta coisa. Algumas eu entendo; outras são desconhecidas para mim.
Só existe uma que é matemática, que casei cedo, que tenho dois lindos filhos chamados Bruno e Fábio. Tudo isto está no cartório, registrado e com testemunhas, o restante é algo.Que ouso citar como tentativa mais próxima daquilo que creio que sou.Como disse que não faria esta viagem sozinha,coloquei alguns depoimentos de meninas mulheres;mulheres meninas.Algumas foram minhas alunas.hoje são grandes amigas.Espero que ao colocar elas aqui, seja mais uma ajuda no meu autoconhecimento.Amo estas mulheres, estas meninas.Definir-se é missão difícil, já que todo ser humano não passa de um bocado de momentos. Definir-se é limitar-se. Definir-se é limitar-se para aqueles que não conhecem a palavra contradição, mas como sou a própria contradição, ouso definir-me. Ouso cometer contradições e "clicherizar". Quem aí não "clicheriza", hem? Definir-se é colocar pontos finais e pôr vírgulas entre sujeito e predicado. É fantasiar a verdade, enfeitar as tragédias, por mais verdadeiros que sejamos,quando nossos sentimentos chegam ao papel,chegam mais bonitos. Eu amo o feio, o marginalizado, o que errou não amo só o perfeito, o belo.Como acho que sou paradoxalmente simples e complexa, criei este blog, para viajar pelo meu, pelo teu, pelo nosso mundo, tentando me conhecer.Cada dia que eu vejo um filme novo eu sinto que é o que eu quero fazer pro resto da vida. Quando o filme é bom, me instiga à genialidade. Quando o filme é ruim, eu penso que faria melhor. Meu sonho ainda é esse, apesar disso ser só sonho. Ainda gosto demais (e ainda mais) de música velha. Alguém falou que "o homem que não sabe o que aconteceu antes dele nascer será pra sempre uma criança". Ainda gosto de história e de filosofia. Ainda gosto de dançar no quarto. Ainda quero ler tantos livros... Tantos... Ainda quero devorar tanta arte até que eu tenha em mim tantos quantos foram os séculos iluminados.(Ouvir música ainda me faz chorar, mais do que qualquer outra coisa no planeta.)Por dias me toca tão profundamente que acho difícil escutar,evito.Falta tanto ainda. Coragem pra ir lá e dizer o que deve ser dito, falta um "você" pra completar o "nós". Falta sentido, hem.Me recuso a ser definido em definitivo, agora definir-me e ser definido eu aceito. Quero só ter o prazer de mudar o meu jeito de pensar e de continuar sendo contraditória. Quero só falar inglês quando me der vontade e quando me faltar erudição pra conhecer palavras no português que me satisfaçam. Quero ainda encontrar um sentido para a vida antes que o texto acabe. E, por Deus do céu, encontrar um sentido pra esse texto antes que a vida acabe.
Texto de Cris Poulain
Texto de Cris Poulain
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